Patronos - Academia Macauense de Letras e Artes

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Patronos da AMLA -  Academia Macauense de Letras e Artes


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José Edinor Pinheiro Avelino nasceu em Macau (RN), em 17 de julho de 1898, filho de Emídio Bezerra da Costa Avelino e Maria Irineia Pinheiro Avelino. Iniciou-se na vida literária ainda jovem, quando estudava no Atheneu, em Natal.
Em 1924, casou-se com Marcionila da Fonseca Cabral Avelino e desse casamento nasceram quatro filhos: Gilberto, Gracilde, Violeta e Maria. Foi funcionário público, jornalista e professor, “preparando gerações ao ingresso nos cursos Secundário e Superior”.
Apenas um livro de poemas seus foi editado, mas um belo livro. Seus poemas foram bem recebidos pela crítica da época em que os produziu, mesmo antes de encartá-los em livro, e ainda provocam emoção em quem os lê. Mas o livro, “Sínteses”, somente foi publicado (pela Editora Pongetti) em 1968. Conta, porém, com uma segunda edição, comemorativa de seu centenário, promovida pela Prefeitura Municipal de Macau e lançada em 1998, no governo de José Antônio de Menezes, mais de dez anos, portanto, após sua morte, ocorrida em 10 de março de 1977.  É irmão e pai de dois outros grandes poetas macauenses, Olda e Gilberto Avelino...
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João de Aquino
Fundador do Museu José Elviro. Nasceu na cidade de Pendências, à época, distrito de Macau, e veio para Macau em 1942. Foi empregado da Companhia Comercio e Navegação em 1944. Esposo de Dona Maria Araújo da Silva, carinhosamente chamada de Dona Maria Amália. Teve a sua primeira exposição em 1952 na Biblioteca Pública Municipal Rui Barbosa com mais de três mil peças.  Dentre os seus filhos o mais destacado é o José Antônio Aquino, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores na cidade de Macau e presidente atual do sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Norte. O Museu teve a sua primeira sede na Rua Tenente Victor, depois no Bar Rochedo, onde hoje é a sede da antiga Telemar e se transferiu em 1974 para a rua Augusto Severo, onde permanece até os dias atuais. João de Aquino faleceu em 25 de junho de 2007.
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Hianto Ramalho de Almeida Rodrigues (Macau, *02 de junho de 1923 – Natal, +27 de setembro de 1964 [RN]) foi um compositor e cantor brasileiro de samba, bossa nova e outros ritmos. Tocava piano e violão. Também foi contabilista e artista da gravadora ODEON. Seu pai, Fernando de Almeida Rodrigues, foi um músico e compositor amador.
Hianto de Almeida foi um dos precursores da Bossa Nova. O humorista e compositor Chico Anysio, em entrevista à Playboy no ano de 1987, declarou que Tom Jobim descobriu a batida da bossa nova com Hianto. "Tenho a grande honra de dizer que o primeiro arranjo do Tom foi em cima de uma música com letra minha, Conversa de sofá. Acho que até foi aí que ele aprendeu a compor, porque descobriu que a música de Hianto de Almeida, tinha uma sequência e foi em cima".
Sua primeira composição "Amei Demais", em parceria com seu irmão Haroldo de Almeida, foi gravado em 1952 pela cantora luso-brasileira Vera Lúcia, no selo Elite.
O compositor/cantor Hianto de Almeida viveu quatro décadas, mas nesse curto espaço de tempo produziu 237 composições, sendo 81 gravadas em discos 78 rotações, 7 discos de dez polegadas, 7 compactos, 89 LPs e 23 CDs.
Entre os artistas que registraram suas composições, figuram Dircinha Batista, Elizeth Cardoso, Elza Soares, Miltinho, Cauby Peixoto, Raul de Barros, Jair Rodrigues, Anísio Silva, Anjos do Inferno, Dalva de Oliveira, Severino Araújo, João Gilberto, Cyro Monteiro, entre outros.
Hoje grandes nomes do movimento bossanovista reconhecem a importância das composições de Hianto de Almeida no cenário inicial.
Em 1960, Dalva de Oliveira gravou com o coro das meninas da Casa de Lázaro a música "Natal da criança pobre", parceria com Macedo Netto e Nana Caymmi registrou "Nossos beijos", também parceria com Maccedo Netto.
Uma de suas principais composições foi o samba "Sincopado triste", parceria com Macedo Netto, gravada por Moacyr Silva e seu conjunto, Miltinho, Maysa e Elizeth Cardoso. Entre os artistas que registraram suas composições estão Dircinha Batista, Elizath Cardoso, Elza Soares, Miltinho, Cauby Peixoto, Raul de Barros, Jair Rodrigues, Anísio Silva, Anjos do Inferno, Dalva de Oliveira, Severino Araújo e Cyro Monteiro.
Em 1983 a cantora Silvinha gravou o LP "Hianto de Almeida revivido". Como homenagem ao compositor foi dado o seu nome a uma rua no bairro de Santos Reis em Natal ... Em 1995 foi homenageado em Natal com o festival "Isso é bossa nova", realizado no teatro Alberto Maranhão com a aprticipação de, entre outros, Vanda Sá, Roberto Menescal, Os Cariocas e Alaíde Costa. Em 2009, sua composição "Eu quero é sossego", com K-Ximbinho, foi apresentada no espetáculo "K-Ximbinho - Um mestre do sopro" em homenagem ao músico K-Ximbinho em espetáculos apresentados no Teatro Municipal do Jockey, na Sala Baden Powel e no Jardim Botânico, todos no Rio de Janeiro.
No ano 2003, em virtude da inauguração do Teatro Municipal Hianto de lmeida de Macau, foi avado um CD com suas composições e com interpretações de cantores macauenes como Celeste Menezes, Ivan Amaral, Raimundo Gomes, Tião Maia, Marcos Alexandre, Amanda Rocha.
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Benito Maia Barros, filho de Afonso Tanidon Barros e Terezinha Maia Barros, nasceu em Macau, Rio Grande do Norte em 21 de abril de 1957 e faleceu em Natal, Rio Grande do Norte em 26 de dezembro de 2010. Poeta, escritor, artista plástico e pesquisador. Graduado em Ciências Sociais pela UFPE e especialista em Ciência Política pela UNICAMP, foi professor e Diretor do CRESM – Centro Regional de Ensino Superior de Macau, da UFRN. Foi vereador [1983/1986] eleito em 1982 pelo antigo Movimento Democrático Brasileiro, o MDB. Fundou com alguns amigos a Imperial Casa Editora da Casqueira na década de 1990.  Formou uma grande biblioteca de obras sobre o Rio Grande do Norte. A poesia foi sua maior produção literária. Faleceu aos 53 anos, vítima de isquemia cerebral.
Obras:
Macauísmos – lugares e falares macauenses
Marujo Temerário
Cemitério de Pipas
Espinho-de-Bananeira (Dado a despropósitos)
Cardume de sonhos
Réquiem para o Infinito
A Escola de Macau
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Aurélio Pinheiro nasceu em São José de Mipibu, em 28 de janeiro de 1882. Médico e escritor, autor de ensaios, crônicas e contos para vários jornais e revistas do Rio de Janeiro. Foi tradutor de diversos livros da literatura europeia e americana. Escreveu O Desterro de Umberto Saraiva (1926); Gleba Tumultuária – Cenas e Cenários do Amazonas (1927); Dicionário de Sinônimos da Língua Nacional (1930) e Macau (a 1a edição não é informada a data da publicação – talvez 1934; e a 2a edição, em 1984). Aurélio Pinheiro morreu em 12 de novembro de 1938.
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Gilberto Edinor Cabral Avelino (Gilberto Avelino). Nasceu na cidade de Assú-RN.  Macauense com título de Cidadania. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais por Alagoas-Maceió, com especialização em Direito do Trabalho. Advogado militante, orador, conferencista, membro do Instituto Histórico e Geográfico-RN, Academia de Letras e Artes Visuais do Nordeste Brasileiro-PE. Obras literárias: O Moinho e o Vento, 1977; O Navegador e o Sextante, 1980; Os Pontos Cardeais, 1982; Elegias do Mar Aceso em Lua, 1984; O Vento Leste, 1986; Além das Salinas, 1991; As Marés e a ilha, 1995; Os Tercetos e Um Canto às Vozes do Mar, 2001 e a Estrela de Macau, 2003.Nasceu em 9 de Julho de 1928 e faleceu em 21 de julho do ano de 2002. Obra também em várias antologias.
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Patrono: Monsenhor Paulo Herôncio de Melo
Mons. Paulo Herôncio de Melo, Norte-rio-grandense, nascido em Natal, tem sua data natalícia a 3 de janeiro de 1901. Portanto, neste 2001 festeja-se o Centenário do seu augusto nascimento, fato ocorrido à Rua Voluntário da Pátria. Era filho de Hermógenes Herôncio de Melo e Maria das Mercês Herôncio de Melo, oriundos da tradicional família Emerenciano China. Seu batismo verificou-se na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, antiga Catedral de Natal, no dia 27 de janeiro de 1901, pelo grande venerador sacerdote, Pe. João Maria C. de Brito , Vigário de Natal naquela época. Seus pais, católicos fervorosos, tiveram grande influência em sua formação religiosa e, também, como cidadão. Órfão de pai aos 8 anos de idade e sendo o primogênito da família, teve que assumir as responsabilidade que a vida lhe impuseram muito cedo .Isto, naturalmente, foi decisivo para o fortalecimento e a retidão do seu caráter, contribuindo para transpor os obstáculo que se lhe apresentavam, impelindo-o a desenvolver ações em benefício da humanidade, nas áreas religiosas, educativas e social.

Sentindo grande tendência para a vida sacerdotal ingressou no Primeiro Seminário de Natal, fundado em 1912, por Dom Joaquim de Almeida, extinto pela renuncia do mesmo ao Bispado. Aos 13 anos de idade, matriculou-se no Seminário de São Pedro, fundado por Dom Antônio dos Santos Cabral, em 1919, onde realizou o Curso Preparatório. Em seguida, fez os Cursos de Filosofia e Teologia em Fortaleza e Natal. Ficando aguardando completar a idade requerida para ordenar-se Padre, sendo, na época, Professor de História Natural, no próprio seminário. Recebeu a tonsura em 1919. Ainda neste ano foram-lhe conferidas as primeiras ordens menores, e as segundas em 1920. Esta ordens e a tonsura foram oficiadas pelo Bispo Diocesano, Dom Antônio dos Santos Cabral, na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Apresentação. Em 1922, como Seminarista, pregou em Currais Novos pela primeira vez, no sermão da última noite do novenário de Sant’ana, Padroeira da Cidade, sendo o Vigário de então Pe. Brilhante.

Recebeu o Diaconato a 29 de junho de 1923; Em seguida, a 9 de março de 1924, foi ungido Sacerdote, pela mão do mesmo Dom José Pereira Alves; Sua primeira missa foi celebrada na Catedral a 12 de março do mês ano; Foi vice-diretor do Colégio Santo Antônio; A primeiro de abril de 1924, foi nomeado Vigário Coadjuvante de Mossoró RN passando a Vigário de 1925 a 1926, tendo auxiliado na direção do Ginásio Santa Luzia. Em seguida, foi transferido para a Paróquia de Macau RN, acumulando aí as funções de Vigário e Prefeito, de 1930 a 1933. No ano de 1930, dirigiu, interinamente "O Diário de Natal", jornal católico que precedeu "A Ordem".

Seu primeiros contatos com Currais Novos RN, deu-se em 1929, quando percorria o Estado em campanha financeira em beneficiodo jornal católico "A Ordem", fazendo aqui uma conferencia, sendo recebido pelo Pe. Ulisses Maranhão o Vigário da época. Na ocasião foi feito contatos com Vivaldo Pereira de Araújo e Aproniano Pereira de Araújo. Em 1930 foi nomeado reitor do seminário São Pedro, em Natal. De 1933 a 1937 exerceu o Vicariato em São José de Mibibu RN, tendo realizado aí, em 1936, o Primeiro Congresso Eucarístico no RN. Sendo agraciado com o Título Honorífico de Cônego do Cabido da Catedral de Aracaju, pelo sucesso obtido. A 3 julho de 1937 foi enviado a Currais Novos por Dom Marculino Dantas, Bispo de Natal, tomando posse no dia seguinte, a fim de realizar o segundo Congresso Eucarístico Paroquial. O referido congresso foi realizado em 27 a31 de outubrode 1937.

A 4 de julho de 1962, A Paróquia de Currais Novos teve a felicidade de comemorar o Jubileu de Prata da chegada do seu grande benfeitor à nossa terra. Para as comemorações foi organizado o Congresso Eucarístico Mariano no período de 24 a 28 de outubro de 1962, uma promoção do Mons. Paulo Herôncio de Melo. Em 1938 Era iniciada a construção da Casa de Nossa Senhora, concluída em 1943, com ajuda da LBA, nesse mesmo ano foi colocada a pedra fundamental da Vila de São Vicente, casas para atender os pobres, com um Ambulatório Pe. João Maria e Casa de São João, refeitório da Escola de Nossa Senhora. Em 28 de fevereiro - Escola de Nossa Senhora, tendo como finalidade a reeducarão de menores, à Assistência Religiosa, Intelectual e profissional as crianças pobres, tendo como anexo o Centro Regional de Escoteiros, oriundo da casa de Nossa Senhora. Em 18 de agosto - Hospital Pe. João Maria, em precárias condições, passando a funcionar nas casas de São Vicente. A 28 de fevereiro do mesmo ano, foi criada, em dependências do referido Hospital, a secção da Maternidade "Ananília Regina". A 15 de agosto de 1948 a Maternidade passou a funcionar em prédio próprio, dia em recebeu a primeira criança ali nascida. Inicio de 1944 - Instituto "Jesus Menino", Educandário de Nível Secundário. Sendo sua primeira Diretora, a Senhorita Altiva Pereira, até 22 de fevereiro de 1947.

A Direção do Estabelecimento de Ensino mudou com a vinda das Irmãs do Amor Divino, que atendendo ao convite de Mons. Paulo Herôncio de Melo, aqui se instalaram na época. Em 1959 - Edificou o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, nele instalando, a 13 de maio, o Centro Social Nossa Senhora de Fátima, no bairro "Paizinho Maria". No Ano de 1950, visitou Roma, assistiu à canonização de Santa Maria Goretti. Este fato foi fundamental para que Mons. Paulo Herôncio de Melo erigisse o primeiro templo consagrado da santinha, na América Latina. Sua inauguração verificou-se a 6 de julho de 1952, dia comemorativo aos 50 anos de sua morte. Na mesma data fundou a Escola-Creche de "Santa Maria Goretti", com clubes de Mães e de jovens, em anexos.

Mons. Paulo Herôncio de Melo junto ao Vigário Mons. Antônio Barros promoveram um Congresso Eucarístico em Canguaretama RN, em 1945. Que tinha como finalidade celebrar o tri-centenário em memória ao heróico martírio do Pe. André de Soveral, Pe. Ferro, Matias Moreira e de mais cristãos, sacrificados em Uruaçu e Cunhaú, narrado em seu livro "Os Holandeses no Rio Grande de Norte", Publicado em 1937. A lem desse livro publicou, em 1939, "Seguindo o Mestre", livro de meditação de cunho religioso.

Mons. Paulo Herôncio de Melo foi Vigário de Currais Novos RN durante 26 anos. Faleceu a primeiro de setembro de 1963, sepultado no dia seguinte aos pés do altar de Sant’ana, padroeira da nossa cidade. Ao falecer, completara 62 anos de idade e 39 de ordenação sacerdotal.

Título Honorífero de Prelado Doméstico e Protonotário Apostólico; Título Honorário do Cabido da Cathedral de Aracaju; Título Honorífero de Mons. Camereiro de Honra; Presidente do Tiro de Guerra 315 e Fundador da União dos Moços Católicos, em Macau; Presidente da Cooperativa Banco Rural de Currais Novos Ltda., em agosto de 1953; Primeiro Presidente da LBA e orientador de sua instalação, em Currais Novos, cargo exercido desde 1953, até sua morte; Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do RN; Sócio da Academia Potiguar de Letras - Diretor (intinerante) do jornal "O Diário de Natal" e de "A Ordem", ambos jornais católicos.

Dados do site: http://jotaemeshon-sacerdotes.blogspot.com/2010/07/monsehor-paulo-heroncio-de-melo.html

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José Mauro de Vasconcelos, nasceu em Bangu, Rio de Janeiro, em 1920. Ainda menino veio para Natal, onde morou com os tios. Passou uma temporada na cidade de Macau. Foi um importante escritor regionalistas. Grande parte de suas obras são verdadeiras fontes de história e antropologia.
Mais conhecido na Europa do que no Brasil, teve dos franceses o seu reconhecimento; não só dos eleitores, como da crítica. Meu Pé de Laranja Lima, seu maior sucesso editorial, vendeu quase um milhão de exemplares em diversos países europeus, sobretudo na França.  Claire BOUDEUINI (Ba udewyns) , renomada crítica francesa, afirmava que havia nas obras de José Mauro de Vasconcelos uma poesia particular, nascida da alquimia entre o mundo real e o mundo imaginário.
Quanto ao livro Barro Blanco, cuja história se passa na cidade de Macau de 1948, trata-se de uma riquíssima narrativa histórica e antropológica: geográfica, cultural e etimológica, além da vida do protagonista Chicão; de suas bravuras e amarguras, de seu amor número 1, Joaninha Maresia; de sua amiga e cafetina Margarida de Papo Amarelo; de seus amigos Eusébio e Dorcelino; do profeta, o Velho Malaquias; e, finalmente, dos desígnios da profecia, sua morte em mar aberto, amarrado no mastro da barcaça que, ironicamente, se chamava “O Dedo de Deus.”   
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Patrono: Monsenhor Joaquim Honório da Silveira
Em 14 de janeiro de 1879, nasceu em Macau Joaquim Honório da Silveira. Filho de Francisco Honório da Silveira Canuto e Ana Honório da Silveira, descendentes de uma das principais famílias do município a Honório da Silveira.
Foi vigário paroquial de Macau por duas vezes. O primeiro pastoreio foi de 1902 a 1913, o segundo foi de 1938 até 1º de novembro de 1966, quando faleceu.
O Monsenhor Honório foi sepultado na igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. “Seu corpo encontra-se numa simples sepultura, tendo a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora olhando para a sua lápide. Onde está enterrado o filho sacerdote de Macau”
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João Fagundes de Menezes nasceu em Macau, Rio Grande do Norte, no dia 28 de janeiro de 1918. Poeta e jornalista, iniciou suas atividades intelectuais em Natal, transferindo-se logo para o Recife, até que se fixou no Rio de Janeiro. Dois livros publicados: “Os enteados de Deus”, contos, e “O Vagonauta”, de poesias modernas. Foi ainda funcionário do Instituto Nacional do Livro. Na década de 1980, Fagundes de Menezes foi presidente da União Brasileira de escritores e Membro do Conselho Consultivo da Federação dos Escritores Latino-americanos. Faleceu no dia 08 de fevereiro de 2000.
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Manoel Jairo Bezerra
 
Nasceu em Macau em 1920.
 
Estudou na cidade até os 15 anos transferindo-se depois para Natal onde estudou no Colégio Santo Antônio.
 
Na idade adulta mudou-se para o Rio de Janeiro em busca de melhores oportunidades.
 
Em 1941 ingressou na Faculdade de Filosofia, depois se especializou em Matemática.
 
Autor de mais de 50 livros, todos didáticos dedicados a Matemática.
 
Recebeu inúmeras comendas entre elas a “Chevalier des Arts e des Letres” homenagem do Governo Francês.
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Patrono: Américo de Oliveira Costa
Américo de Oliveira Costa
Nasceu em Macau, em 1910. Sua mãe (Dona Vitória) morreu em 1912 e seu pai (coronel Pedro Vicente a Costa), em 1914. Órfão, Américo foi morar e estudar em Mossoró́. Também estudou em Natal e formou-se em Direito pela UFRN. Foi professor titular da cadeira de Direito Internacional Público, da Escola de Direito de Natal (UFRN), Procurador do Estado, membro da Academia de Letras do Rio Grande do Norte, do IHGRN e do PEN Club do Brasil (Rio de Janeiro). “Último representante de um grupo de humanistas que incluía o mestre Luiz da Câmara Cascudo, Edgar Barbosa e Nilo Pereira”. Morou na França e foi homenageado por três presidentes daquele país: Charles de Gaulle (1946), Giscard D’Estaing (1977) e François Miterrand (1986).
Seus livros são: Viagem ao Universo de Câmara Cascado (1969), A Biblioteca e Seus Habitantes (1970 e 1982), Seleta de Luís de Câmara Cascudo (1976) e O Comércio das Palavras (4 volumes - 1989).
Sua biblioteca tinha mais de 10 mil volumes, que ele costumava dizer “desatualizada”. “Tirei dos livros uma certa compreensão da vida e não penso na morte”, disse Américo numa entrevista ao jornalista e escritor Franklin Jorge.
Américo de Oliveira Costa morreu em 1996, com 86 anos de idade.
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Dr. Hélio Dantas
Natalense, recebeu o Título de Cidadão Honorário Macauense em 1997. Autor do Livro: Memórias de Macau, Pedro Alvares Cabral, esse desconhecido, dentre outros. Foi Deputado Estadual por duas legislaturas, em 1951 e 1959. Professor fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Natal. Advogado Militante, da qual exerceu a sua atividade profissional no Banco do Brasil, Banco de São Paulo e outras instituições.
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Patrono: Manoel Rodrigues de Melo
Manoel Rodrigues de Melo
Nasceu em 7 de julho de 1912, em Macau, na Ilha de São Francisco, chamada antigamente de Ilha das Cobras (ao sul da Ilha de Santana). Manoel Rodrigues foi o responsável pela publicação da primeira pesquisa histórica do município. Ingressou na universidade com mais de 50 anos de idade, já com 5 livros publicados. Em 1958 se elegeu presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras. Foi membro do IHGRN, colaborador em vários jornais e revistas do país. Escreveu 7 livros: Várzea do Açu (3 edições: 1940, 1951 e 1979), Cavalo de Pau (1953), Chico Caboclo E Outros Poemas (1957), Terras de Camundá (1972), Patriarcas e Carreiros (2 edições: 1944 e 1985), Dicionário da Imprensa do Rio Grande Do Norte (1987) e Memória do Livro Potiguar (1994 – Organização: Tereza de Queiroz Aranha).
Manoel Rodrigues morreu em 26 de fevereiro de 1996. Nos seus últimos anos de vida, ele sofria do mal de Parkinson.
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Luiz Xavier da Costa
Nasceu em Carapeba, atual Afonso Bezerra, em 12 de agosto de 1886. Chegou em Macau em 1909. Logo passou a trabalhar na firma Martins & Irmãos, da qual tornou-se sócio, anos depois. Era correspondente do Banco do Brasil e agente de várias empresas marítimas. Foi secretário municipal (1933-1935) e “atuou no Foro (...) defendendo réus pobres, gratuitamente, no tempo em que havia falta de profissionais de advocacia na comarca”. Teve intensa vida literária. Era um dos maiores poetas de sua época, ao lado de Edinor Avelino. Publicou suas poesias em vários livros coletivos e jornais. Era católico praticante, Ministro da Eucaristia e Provedor da Irmandade de N. S. da Conceição. Luiz Xavier morreu em 12 de junho de 1986, em Natal. No dia 12 de agosto de 1996, foi comemorado 100 anos de Luiz Xavier, com o lançamento do seu livro de poesias, Oásis do Meu Deserto, organizado por sua filha, Terezinha Xavier.
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Helvécio Barros
Nasceu na cidade de Macau, Rio Grande do Norte, em 30 de abril de 1909.Foram seus pais: Manuel Antunes da Silveira Barros e Maria Emília de Souza Barros.  Aos 19 anos deixou sua terra natal, rumo ao Rio de Janeiro. Durante muitos anos sofreu com o desemprego. Chegou a integrar o "Bando dos Tangarás", dirigido pelo Almirante, e do qual fazia parte o famoso Noel Rosa.  Finalmente, em 1932, a convite de um tio, foi para Bauru / SP, onde ingressou na Caixa de Aposentadoria (atual INSS), lá se aposentando em 1969.  Nesse ínterim lançou três livros:  "Primeiros Poemas", "Vitrine Iluminada" e "Um olhar dentro da Vida".  Interessante é que só veio a dedicar-se à Trova após a aposentadoria, tornando-se, em 1974, "Magnífico Trovador" em Nova Friburgo.  Foi delegado da UBT – União Brasileira de Trovadores e, graças a relevantes participações em prol do município, recebeu o título de “Cidadão Bauruense” em 28.11.1986 e em 04.02.1995, foi empossado na Academia Bauruense de Letras. Faleceu em 27.09 desse mesmo ano.  Era casado com Dª. Durvalina Rodrigues Barros e pai de Luiz Celso e Helder.
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Maestro Avelino
Avelino Faustino Costa [1909-1982]. O Mestre Avelino é natural de São Vicente [RN] onde nasceu em 15/1/1909. Foi aluno de Felinto Dantas e integrante da Banda de Música de São Vicente. Seus pais, Florentino da Costa e Francisca Avelino da Costa. Casou-se em Macau com Maria Alves Paiva com quem teve 8 filhos.
Músico de muitos recursos, tinha habilidade com vários instrumentos, mas era o saxofone o seu instrumento preferido.  Foi para Macau a convite do prefeito Armando China no em 1927 e por quase duas décadas foi maestro da Banda de Música de Macau, hoje a Filarmônica Monsenhor Honório. Mudou-se para Natal nos idos dos anos 1950 e ingressou na Banda de Música da Aeronáutica.
A maioria das suas composições, os dobrados permanecem inéditos. Compôs também valsas, sambas, choros, frevos e hinos. É compositor do Hino do Centenário de Macau, hoje conhecido como o Hino de Macau.  Compôs ainda o Hino de Nossa Senhora dos Navegantes, Adeus Macau. Foi homenageado em Macau com uma praça com o seu nome.
Foram seus parceiros, os poetas Fagundes de Menezes e Edinor Avelino, dentre outros.
No Projeto Memória da UFRN foram gravadas pelo Grupo Brejeiro, em compacto duplo as músicas, Adeus Macau, Brincando com os netinhos, Luar do porto e Saudade do Rosário.
Na página 341 do livro Um Rio Grande e Macau do escritor Getúlio Moura, há um verbete sobre o mestre Avelino.
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Walter Wanderley
Filho de João Wanderley de Albuquerque e Arminda Guiomar da Fonseca e Silva, Walter Fonseca Wanderley de Albuquerque nasceu em Macau, no dia 26 de setembro de 1914. Em 10 de maio de 1922 chega a Mossoró passando a estudar no Grupo Escolar 30 de Setembro, até 1926. No ano seguinte, retorna a Macau para estudar no Grupo Escolar Duque de Caxias. De 1928 a 1930 vai morar em Natal para estudar no Colégio Pedro II. Em 12 de dezembro de 1935, casou com a prima Zilda dos Santos Wanderley, natural de Mossoró. Dessa união, teve os filhos Maria Rejane Wanderley, Carlos Renan Wanderley e Maria da Conceição.
A sua vocação literária não tardaria a se manifestar. Colaborou na imprensa potiguar, escrevendo nos jornais A Centelha e Correio Festivo de Mossoró, e no Diário de Natal. Foi diretor do Jornal do Oeste, de Mossoró, e do A República, de Natal. Autor de diversos livros, entre esses Macau na Poesia de Edinor Avelino, publicado em 1967, e Um Passeio Sentimental à Minha Terra, publicado em 1977, escreveu também para a Revista Bando de Natal e para a Revista Evolução de Campina Grande.
Pertenceu a diversas entidades culturais. Membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, como segundo ocupante da Cadeira no 8, que tem como Patrona a escritora Isabel Gondim, integrou também o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e o Instituto Genealógico Brasileiro. É patrono da Cadeira no 38, da Academia Mossoroense de Letras - AMOL, cujo primeiro ocupante foi Raimundo Nonato da Silva, um grande amigo seu.
Desde a sua saída da região salineira do Rio Grande do Norte, morou em diferentes cidades do Brasil, inclusive no Rio de Janeiro, mas jamais perdeu seus vínculos afetivos com Macau e Mossoró. Foi seu amigo Raimundo Nonato que melhor o definiu, como “o escritor macauense-mossoroense (esta admirável dicotomia tão expressiva do seu feitio territorial), pois na verdade, Walter Wanderley nem sempre sabe onde começa ou onde finda a influência marcante que as duas cidades exercem sobre sua formação”. Faleceu em 04 de setembro de 1980, em Belo Horizonte, onde à época residia.
Criado Por Alfredo Neves
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