Sebastião Maia - Cadeira - 3 - Academia Macauense de Letras e Artes

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Sebastião Alves Maia

Membro da Cadeira No 3 - Patrono Hianto de Almeida

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Dados Biográficos do Acadêmico
SEBASTIÃO ALVES MAIA
 
 
Sebastião Alves Maia, 62. Professor. Casado com a professora Acácia Maia, tem seis filhos e um neto e três netas. Possui licenciaturas em LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA com HABILITAÇÃO EM LITERATURAS BRASILEIRA E PORTUGUESA/UFRN (1995); EDUCAÇÃO ARTÍSTICA - HABILITAÇÃO EM ARTES CÊNICAS/UFRN (1999); PEDAGOGIA/UFRN (2016). TEOLOGIA/ETADEM/Bacharelado (2010); Especializações em FORMAGESTE - Formação de Gestores/SEECD/RN – 2002; DIDÁTICA do ENSINO com ênfase em LÍNGUA e LITERATURA/UNP (2007); Ensino de Arte na Contemporaneidade: desafios para a cultura e a educação/ DICH/IAS/UNESCO/MEC (2008); DOCÊNCIA do ENSINO SUPERIOR pela FMU/UNP/Laureate – 2017. MESTRADO   em Educação pelo CCSA/PPGeD/UFRN (2012). Especialista em Docência do Ensino Superior (2017 FMU), DOUTOR em CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO (FACSU – PB 2020). Tem experiência na área de Educação, Produção Cultural, Pesquisas Acadêmicas, Orientações e Banca de TCC e em Prática no Ensino Superior. Com as artes, literatura, pedagogia e produção cultural em uma longa experiência na música, no teatro, nas artes visuais e na cultura popular. Tesoureiro da Executiva Nacional da Juventude Socialista do PDT/RJ/1986/1988 e foi presidente fundador do Instituto Alberto Pasqualini/PDT/Macau/RN. Professor da rede pública e ensino superior. Colabora com revistas, anuários, jornais, mídias sociais. Secretário de Cultura de Macau, 1989/1992. É verbete no Livro de Getúlio Moura, UM GRANDE RIO E MACAU, no Dicionário da Música do Rio Grande do Norte, publicado pela pesquisadora e professora Lêide Câmara (1911, p.  426); do Dicionário de Escritores Norte-rio-grandenses: de Nísia Floresta a contemporaneidade publicado pela professora/M.a e pesquisadora Conceição Flores (2014, p. 352). Publicou na Coletânea Nova Poesia Brasileira/1987/1988-ShogunArtes/RJ. Membro da Academia Norte-rio-grandense de Cordel e Secretário/fundador da Academia Macauense de Letras e Artes – AMLA. Atualmente é assessor cultural da Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Centro Cultural Gilberto Avelino.
 
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do#
 
 
 
PUBLICAÇÕES NO PRELO
 
Ø O DIA EM QUE LAMPIÃO LEVOU UMA CARREIRA DE MACAU – Literatura de Cordel, Editora Moinho Passarinho. Modelo LUZEIRO. Baseado na obra de Bruno Menescal, O GOSTO SALGADO DO VENTO.
 
Ø AS AVENTURAS DE SIRINA – Conto paradidático. Editora Moinho Passarinho.
 
Ø ESTREITAMENTOS – Poemas e outras coisas ... Editora Moinho Passarinho.
 
Ø CONTOS DA ALEM ALMA – Contos
 
Ø OUTROS CORDEIS – Agripino das Bicicletas, andanças da minha infância; João Neblina o eterno marcador de quadrilhas juninas; João de Aquino o guardião da história de Macau; Galeria dos prefeitos de Macau, baseado na obra de Luiz Gonzaga da Silva, História de Macau e Seus Dirigentes: 1935-2000, Macau, Sergraf, 2001.
 
Ø OS DOIDOS DA MINHA TERRA, malucos, falares e pensamentos.                                                                         
 
Ø MONOGRAFIA DE MESTRADO – GRUPO ESCOLAR DUQUE DE CAXIAS FESTAS ESCOLARES: Uma celebração de múltiplos significados – 1949 – 1962 – UFRN/CCSA/PPGE. Orientadora Prof.ª Dr.ª Marlúcia Menezes de Paiva - 2012    
 
Ø TESE DE DOUTORADO – POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAIS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NA MICRO REGIÃO GEOGRÁFICA SILINEIRA DO R: Uma narrativa dos acontecimentos na cidade de Macau. Orientador Prof.º Dr. Damião Carlos Freires de Azevedo. EMIL BRUINNER WORLD UNIVERSITY SCHOOL EDUCATIOS/EUA. Representação nacional - FACUSU -Faculdade Sucesso. Patos/PB. 2020.

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Capas dos livros e trabalhos do acadêmico  

CHAVE DE SEXO E OUTROS CONTOS, Ed. Trupe Mambembe/Macau/RN 2002. Outras publicações são na área da música com CD’s e LP’s gravados em registros de momentos históricos e organizador do livro " A Roleta de Seu Nino".
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Textos do Acadêmico/Discursos
DISCURSO DE POSSE DO ACADÊMICO DA ACADEMIA MACAUENSE DE LETRAS E ARTES – AMLA, PROFERIDO PELO CONFRADE SEBASTIÃO ALVES MAIA.

Discurso de posse da Academia Macauense de Letras e Artes. 06 de dezembro de 2018, Lions Clube de Macau.

 
 
Caros confrades, senhora e senhores aqui presente. Grande é aminha satisfação.

 
 
Toda a nossa existência é uma viagem muito longa. Dentro dos nossos trajetos eminentemente secretos e outros claros, os caminhos fazem parte do enredo de qualquer viagem humana. Não poderia deixar de dizer como tudo começou, afinal, as experiencias prazerosas ou os naufrágios no anonimato pulsam a iluminada armadura da fina tessitura das letras e das artes, onde a alusão nietzschiana deixa muito clara que, “temos a arte para não morrer da verdade”. No conjunto dessa caminhada estão juntas a arte e a literatura, meios maiores da construção do distinto espaço existencial da criação do homem.

 
Para anunciar os vestígios, pois, seja na sala de aula, na tribuna ou no meio popular, há que acomodar no seio da arte e da vertigem, espaços onde residem muitos elementos capazes de subsidiar traços biográficos, demandas literárias e expressões artísticas sem torná-las banais ou embaciadas. Para marcar a nossa jornada por onde caminhamos e deixamos pegadas que o tempo não esquece, de modo que a memória de um atento confrade a traga de volta à vida, sem esquecer todos os seus pilares de sustentação, reside o memorial histórico de cada um.

 
A saber, foi nesse mar de conchas, sargaços e ondas batidas que iniciei a minha viagem a qual me trouxe a esta nobre entidade. Com os meus tropeços, com minhas vontades, com minhas ações coletivas. Dos acasos que certos deuses, afetados pela passagem do tempo, incumbem-se de decifrar. Procurei, para não ser anódino, o mistério humano, sempre precariamente encarnado, que a revelia em mim depositou todos os manuscritos, cânticos, impulsos e emoções. São os elementos essenciais onde a vida e a arte se bifurcam. Por que estou aqui? Estou para receber os desígnios da participação desta ilustre Academia Macauense de Letras e Artes. Uma emoção que junto com os seus briosos membros me permite e que tanto me honra.

 
Se o caju nasceu para a cachaça, o pirão para o peixe nasceu e a mulher nasceu do amor, do amor nasce eu. Com este verso de Hianto de Almeida, meu patrono oficial, sinto uma imensa honra em ser membro, Secretário Geral dessa augusta instituição ao mesmo tempo em que se impões o convívio com a memória e a produção. Eu nasci do amor. Sinto-me nascido do mar cheio dos elementos visuais, dos versos referidos e com toda honra e glória que me foram oferecidos, a academia e o poema.

 
Abraçadas evocações que, relativizando a colisão da história e o furor da amnésia, ensinam-nos a respeitar as harmonias que conduzem os seus membros. A academia ora em construção, pertence a cidade de Macau com janelas para o mundo. Todos nós somos dessa terra calma e boa, que trazemos em nossas cismas de saudade em que estamos atentos. Ednor Avelino, certamente diria ser essa terra uma “canção do seu amor doce ária.” Como disse Gilberto Avelino seu filho, em seu “rio em preamar sereno” reconhecemos um debate estético dentro das correntes circunscritas da arte, da literatura, da política, da filosofia, da teologia que nos formam e nos tornam herdeiros legítimos desta causa dentro dessa casa.

 
Guardo desde a minha mais terra infância o amor e a irrestrita fidelidade a escrituração da arte. Sou filho dos livros, das falas, da música, do teatro, da dança, da cultura popular, da imaginação. Onde reside a perenidade do escritor, aquele nostálgico rapsodo que teima em captar os ruídos dos estertores humanos.

 
Como a maioria dos ilustres confrades aqui presentes, também cheguei a Academia Macauense de Letras e Artes trazido pelo instinto da arte na busca permanente da residência dos nossos alentos e talentos. A cultura, para a Academia Macauense de Letras e Artes, tem sido uma paixão cotidiana. Em suas muralhas repercute a benfazeja divergência dos postulados estéticos e ideológicos.

 
Assumo, pois, esta Secretaria Geral sob o resguardo da honra, dos afazeres, da vida comunitária. Pesa sobre mim, neste instante, o aviso de que responderei, junto com esta Diretoria, e em estreita aliança com todos os Acadêmicos, pelo difícil e digno dever de conduzir no ano em que celebramos a nossa fundação a sua vida produtiva. Uma data de emancipação do nosso espírito e da sabedoria macauense.

 
Como disputar orgulho, ilusão, futuro, símbolos da terra, da alma, se não estiverem eles à nossa frente, ajudando-nos a escorar o que é nossa maior invenção coletiva? A Academia Macauense de Letras e Artes. Este é o nosso castelo mais forte.

 
Esta Casa, em sua fundação, em consonância com seu papel aglutinador de consciência intelectual da cidade, ambiciona reforçar seus vínculos com outras instituições, em particular com as outras casas do estado e nacionais que, ao longo da história, foram salvaguardas, em seus estados, da cultura normativa, nem sempre estimulada. O que se reflete nesta superfície, por sinal, diz respeito ao frontispício desta Academia.

 
Nesta Diretoria, composta pelos ilustres Acadêmicos o Advogado Horácio de Paiva Oliveira como Presidente; o sociólogo Alfredo Ramos Neves como Vice Presidente; o Professor Dr.º Sebastião Alves Maia como Secretário Geral e demais confrades como o Professor Ms José Ribamar Filho, guardião do nosso acervo artístico e literário; o advogado e jornalista Luiz Gonzaga da Silva; O professor Dr. Advogado Jonas Gonzales Lemos; A professora Dr.ª Marlúcia Menezes de Paiva; a escritora Gilda Avelino; a Professora Dr.ª Michele Paulista; o Advogado Saddock Albuquerque; o Jornalista Vicente Serejo; o multiartista e escritor Getúlio Moura Xavier; O professor poeta, Auditor Autárquico Federal, graduado em Letras com habilitação em francês, Lino Dantas; O Professor Drª Francisco Carlos; O artista e poeta Herbert Martins, tesoureiro; o escritor Cláudio Guerra; o professor e advogado Getúlio Teixeira e o Padre Poeta Antônio Murilo de Paiva.

 
Todos juntos queremos celebrar este evento de grande envergadura para a nossa cidade. Do mesmo modo como resistimos às intempéries históricas, ocupando nossas cadeiras com uma plêiade de criadores e expoentes, deveremos auscultar, sempre mais, o que a cultura macauense forjou de mais expressivo.

 
E como homem apaixonado pelas letras, pelas artes e pela cultura popular, com fé e a ajuda de Deus nosso criador, ombreados com os irmãos das causas nobres, dos confrades desta instituição, que libertos de preconceitos confiaram na minha condição intelectual, assumo, emocionado, a Secretaria Geral da Academia Macauense de Letras e Artes. Assim seja.

 
Sob a égide dos ventos com gosto de sal da salinésia, desejo um muito obrigado pela atenção dos senhores e das senhoras.
 

Boa noite.




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Premiações, Comendas e Mencões Honrosas
Criado Por Alfredo Neves
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